Desde a última sexta-feira (13) os moradores do Porto convivem com a falta de água. Problema, segundo os moradores, recorrente ano a ano, sempre que o calor chega em Pelotas. Até esta segunda-feira, residências da rua Xavier Ferreira, General Teles, Tiradentes e Dona Mariana reclamam da falta total de água ou da baixa pressão vinda dos canos. O Sanep detectou o problema – um registro do reservatório da rua Conde de Porto Alegre – e a situação, de acordo com os moradores, já foi normalizada.

Na rua Xavier Ferreira entre a General Teles e a Dom Pedro II a falta de água atingiu todas as residências. A moradora Ana Maria Ávila Alvariza, de 69 anos, ficou sem água na torneira da cozinha e no banheiro. A caixa d’água da casa abastece apenas a máquina de lavar e o tanque. Desde sexta-feira com a água indo e voltando, muitas vezes com baixa pressão, a solução foi encher baldes para reservar. Mesma postura adotada pela vizinha Lídice Lazari, de 73 anos, que reclama das suscessivas faltas de água no Porto. “É só ficar calor que começa o transtorno”, protesta.

Os moradores criticam também a falta de resposta do Sanep. Ana Maria diz que ligou para a autarquia e não obteve nenhuma resposta. Guilherme Marshall, 57 anos, mora na Dona Mariana e, na falta de água, precisou encher baldes na casa de uma vizinha para tomar banho “de caneca”, como referiu. Ele procurou o Sanep na sexta-feira e a resposta foi de que o abastecimento de diversas áreas da cidade havia sido afetado por causa do estouro de uma adutora na Francisco Caruccio. Foi aconselhado a ter paciência e usar a água aos poucos, até a situação normalizar. “A água voltou no domingo, mas na manhã desta segunda acabou de novo. Tudo tem limite”, constesta.

O superintendente operacional do Sanep, Eugênio Magalhães, explicou que, na verdade, a falta de água nessas ruas do Porto é por causa de um problema no registro do reservatório da rua Conde de Porto Alegre. Sobre o problema da adutora na Caruccio, ele disse não ter conhecimento que tenha relação com os problemas na região, que começaram na sexta-feira, tranquilizaram no domingo, mas voltaram a aparecer na manhã desta segunda.